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Ex-presidente da BRF é preso em nova fase da Carne Fraca
A operação aponta que 5 laboratórios credenciados junto a Agricultura e setores de análises do grupo empresarial fraudavam resultados de exames em produtos
Por Estadão Conteúdo
5 mar 2018, 09h47 - Publicado em 5 mar 2018, 09h09
BRF: o ex-presidente da BRF Pedro de Andrade Faria (2015 a 31 de dezembro de 2017) e o ex-diretor-vice-presidente Hélio Rubens Mendes dos Santos Júnior foram presos (Ana Paula Paiva/AG. O Globo)
São Paulo – A Operação Trapaça, nova fase da Carne Fraca, deflagrada nesta segunda-feira, 5, mira fraudes laboratoriais perante o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Um dos alvos é a empresa BRF, gigante do setor de carnes e processados.
O ex-presidente da empresa Pedro de Andrade Faria (2015 a 31 de dezembro de 2017) e o ex-diretor-vice-presidente Hélio Rubens Mendes dos Santos Júnior foram presos.
Em nota, a PF informou que agentes cumprem 91 ordens judiciais nos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e de São Paulo: 11 mandados de prisão temporária, 27 mandados de condução coercitiva e 53 mandados de busca e apreensão.
Cerca de 270 policiais federais e 21 auditores fiscais federais agropecuários participam da ação coordenada entre a Polícia Federal e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A Trapaça aponta que cinco laboratórios credenciados junto a Agricultura e setores de análises do grupo empresarial fraudavam resultados de exames em amostras de seu processo industrial, informando ao Serviço de Inspeção Federal dados fictícios em laudos e planilhas técnicos.
As fraudes tinham como finalidade burlar o Serviço de Inspeção Federal (SIF/MAPA), do ministério, e, com isso, não permitir que a pasta fiscalizasse com eficácia a qualidade do processo industrial da empresa.
As investigações indicam que a prática das fraudes contava com a anuência de executivos do grupo empresarial, bem como de seu corpo técnico, além de profissionais responsáveis pelo controle de qualidade dos produtos da própria empresa.
Também foram constatadas manobras extrajudiciais, operadas pelos executivos do grupo para acobertar a prática desses ilícitos ao longo das investigações.
O nome dado à fase é uma alusão ao sistema de fraudes operadas por um grupo empresarial do ramo alimentício e por laboratórios de análises de alimentos a ele vinculados.
Os investigados poderão responder, dentre outros, pelos crimes de falsidade documental, estelionato qualificado e formação de quadrilha ou bando, além de crimes contra a saúde pública.
Os mandados judiciais cumpridos nesta manhã foram expedidos pelo Juízo Titular da 1ª Vara Federal de Ponta Grossa/PR.
Quanto aos investigados com prisão cautelar decretada, tão logo sejam localizados, eles serão trazidos à sede da Polícia Federal em Curitiba onde permanecerão à disposição das autoridades responsáveis pela investigação.
Fonte: exame.abril.com.br
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