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Nördlingen, a cidade medieval construída dentro de uma cratera repleta de diamantes

  • 10:00 - 2 Março, 2018
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  • Traduzido por Camilla Sbeghen


  • Da pedra cinza de Montreal ao calcário de Jerusalém, cada cidade tem sua própria identidade. Ao escanear a arquitetura da cidade alemã de Nördlingen, que completou 1.120 anos, as casas de madeira, os telhados inclinados vermelhos e as ruas sinuosas parecem idênticas em quase todos os aspectos a muitas comunidades medievais pitorescas que povoam o território europeu.
    Embora da aparição da cidade no clássico de 1971, Willy Wonka e a Fábrica de Chocolate, possa parecer seu feito mais notável, há algo inteiramente original sobre a arquitetura desse local do sul da Alemanha. Nördlingen foi literalmenteAlemanha. Nördlingen é literalmente feito de diamantes - milhões de diamantes microscópicos para ser exatos - com a própria cidade construída dentro de uma antiga cratera de impacto." target="_blank"> feita de diamantes - milhões de diamantes microscópicos para ser exato - com a própria cidade construída dentro de uma antiga cratera de meteoro.
     
    A cratera de 25 quilômetros de extensão, em que a cidade está assentada, foi formada aproximadamente 15 milhões de anos atrás, depois que um asteroide colidiu com esta região da Bavaria. Além de deixar a marca onde a cidade foi construída, a rocha fundida entrou em contato com o ar a partir da imensa pressão do impacto, fazendo com que as pedras existentes formassem diamantes. Esta colisão também resultou na criação de uma rocha de grão grosso contendo cristal, vidro e diamante conhecida como suevite.
    Por volta de 900 A.D, os primeiros assentamentos começaram na área, porém, foi somente na Idade Média que as muralhas fortificadas foram construídas. Reunindo o material disponível mais próximo, seus trabalhadores usaram o suevite local. Durante séculos, os cidadãos de Nördlingen acreditaram que a depressão que abriga a cidade era uma cratera vulcânica, não sabendo da existência das pedras preciosas embutidas no tecido de sua comunidade.
    Embora inconscientemente construída dentro da cratera, o geólogo Eugene Shoemaker finalmente confirmou que o terreno foi o resultado de um asteroide na década de 1960 e, na década de 1970, os cientistas analisaram as rochas circundantes para descobrir que possuíam mais de 72 mil toneladas de diamantes. A Igreja de St. Georgs, estrutura mais alta da cidade, é construída inteiramente de suevite e contém aproximadamente 5.000 quilates de diamante. No entanto, as maiores pedras preciosas são de 0,3 mm e só podem ser observadas com um microscópio. As estruturas de pedra revestidas de diamantes parecem capturar a luz do sol, conferindo aos edifícios um brilho suave.
    Hoje, a cidade bávara com mais de 19 mil pessoas abriga o Museu Reis Crater, o Museu da Serra da Bavariae visitas guiadas à sua arquitetura cintilante. O emblemático tecido suvitano da cidade continua atraindo turistas de todo o mundo, bem como pesquisadores da NASA e da Agência Espacial Européia.
    Fonte: archdaily.com.br

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